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3. A revelação do mistério de Deus da união de Cristo com Sua Igreja
A unidade dos cristãos judeus e gentílicos: A ricamente abençoada missão de Paulo entre os povos gentios da Ásia Menor e da Grécia despertou os judeus legalistas do Antigo Pacto em seu íntimo. Eles se opuseram à pregação do apóstolo, instituíram em diferentes ocasiões procedimentos legais contra ele, e finalmente, tentaram matá-lo. Eles viram em sua missão às nações uma traição à lei de Moisés, ao povo escolhido, às alianças de Deus, à circuncisão, às Suas promessas e ao parentesco prometido (Romanos 9:1-5). Eles entenderam que a sua identidade estava em jogo. Os judeus não queriam entender as promessas especiais que Deus fez a Abraão (Gênesis 12:3; 18:18; 22:16-18; 26:4; 28:14), a Isaías (Isaías 42:6; 49:6; 60:3) e a Daniel (Daniel 2:44; 7:13-14,27). Eles "sozinhos" queriam continuar sendo o povo escolhido, e não queriam compartilhar com os gentios o privilégio do parentesco divino.
Mas Pedro e Paulo receberam revelações e ordens diretas do Cristo ressuscitado para oferecer todo o evangelho, em particular aos gentios (Atos 9:1-19; 10:1-48). Na execução obediente desta instrução eles experimentaram como o Espírito Santo também caiu sobre os não-judeus, que acreditavam em Jesus Cristo. Isto causou uma tempestade de protestos entre os cristãos judeus em Jerusalém. Tanto Pedro, diante dos outros apóstolos (Atos 11:1-18), como Paulo, diante de todo o conselho de apóstolos de Jerusalém (Atos 15:1-35) tiveram que dar conta de sua missão entre os não-judeus. Mas o Espírito Santo levou a maioria dos cristãos judeus a mais ou menos dar a aprovação à graça de Cristo, que havia rompido com as nações gentílicas. O ato divino do derramar do Espírito Santo sobre os não-judeus que haviam acreditado, permaneceu firme e era indiscutível (Atos 1:5; 10:44-48). A lembrança de promessas até então levianamente consideradas dos profetas, facilitou-lhes a sujeição de suas vontades diante de revelações espetaculares procedentes do mistério de Cristo (At 9,11-12; 11,7,16; 15,7-11.13-19).
No Concílio Apostólico de Jerusalém, Tiago e Paulo deram razões bíblicas para a nova unidade entre cristãos judeus e gentios, e descreveram a conversão dos não-judeus como parte do mistério de Cristo (Romanos 16,25-26; Efésios 3,1-11). No processo eles enfatizaram com argumentos apropriados as semelhanças espirituais das duas correntes, que lhes haviam sido reveladas através de revelações especiais (Gálatas 3:28-29; Efésios 1:9-10; 2:1-22; 3:3,11). A maioria dos cristãos judeus aceitou naquela época a realidade espiritual de um único corpo de Cristo, no qual cada membro tinha suas próprias características, forma e tarefa. Juntos, porém, eles são revigorados pelo mesmo sangue, e vivificados pelo mesmo Espírito. Este facto permitiu-lhes aceitar a unidade em meio à diversidade. Cristo é a nossa paz. Através dEle ambos temos acesso por um Espírito ao Pai (Efésios 2:14, 18).
A Salvação de todos os Filhos de Jacó: apesar do grande amor que Cristo havia colocado no coração de Paulo pelos gentios que ainda sofria, assim como os profetas da Antiga Aliança haviam sofrido anteriormente, sob a obstinação da nação de Israel. Em resposta aos seus suspiros e orações pelo seu povo ele recebeu de Deus uma revelação especial a respeito do mistério de Cristo; isto é, que no final dos dias "todo Israel" seria salvo (Isaías 59:20; Jeremias 31:33; Romanos 11:25-27). Mas quem é "todo Israel"? Certamente não é o estado atual de Israel, no qual judeus, ateus, drusos, muçulmanos e cristãos vivem juntos como cidadãos. Mesmo aqui a conversa não pode ser apenas de judeus ortodoxos e liberais em Israel, uma vez que vivem mais judeus em Nova Iorque do que em todo o Estado de Israel. Se a circuncisão for contada como critério para o cumprimento da promessa, então os muçulmanos também são salvos, uma vez que todos eles são circuncidados. Como uma exclusão adicional Paulo escreve, que nem todos que descendem de Israel são israelitas, e nem todo descendente de Abraão é seu filho (Romanos 2:28-29; 9:6-8). John resume: Eles dizem que são judeus, e não são (Apocalipse 2:9; 3:9).
Muito mais, lemos na revelação de Jesus Cristo a João que de cada uma das doze tribos de Israel 12.000 membros serão selados (Apocalipse 7:1-8). O número total de 144.000 seria assim "todo Israel", em relação a quem Paulo escreve, eles serão salvos no final dos dias (Romanos 11:26). João formulou uma promessa semelhante, quando escreve sobre o derramar do Espírito sobre Israel no momento do retorno de Jesus: Todo olho O verá; e também os que O traspassaram (Zacarias 12:10; João 19:37; Apocalipse 1:7).
É um conforto para todos os que amam Israel ver o número de cristãos judeus em Israel e em todo o mundo aumentar. É evidente, portanto, que a dureza de coração de uma parte de Israel foi removida. Milhares de Judeus Messiânicos estão sendo incorporados ao corpo de Cristo.
Biblicamente falando, devemos permanecer sóbrios e rejeitar todas as formas de anti-semitismo. Da mesma forma, devemos rejeitar toda forma acrítica de pseudo-amor semitismo; pois com os israelitas cada vez mais ortodoxos e liberais, cresce um ódio anti-cristão. Este ódio é uma indicação de que o mundo está sendo preparado para o "filho da perdição", cujo mistério começa a ser conhecido em nossos dias (II Tessalonicenses 2:1-12). Não só Cristo, mas também o anticristo e a prostituta que o acompanhará serão cercados por um mistério, para que não sejam reconhecidos muito rapidamente (Apocalipse 17,5-14). Não são apenas alguns dos devotos que correm o risco de se apaixonar por este enganador velado.
ORAÇÃO: Nós Te agradecemos, Pai Celestial, que Teu amado Filho tenha morrido em lugar dos pecadores dos judeus e dos injustos das nações. Quem aceita a Sua completa redenção torna-se salvo e tem a certeza de ser um membro do Teu reino. Senhor, abre os olhos dos pecadores para que eles possam reconhecer o privilégio preparado para eles.
PERGUNTA:
- Quem se une à oração espiritual no Reino de Deus?