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3. Quem comeria um livro? (Apocalipse 10:8-11)

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APOCALIPSE 10:8-11
8 E a voz que eu do céu tinha ouvido tornou a falar comigo, e disse: Vai, e toma o livrinho aberto da mão do anjo que está em pé sobre o mar e sobre a terra. 9 E fui ao anjo, dizendo-lhe: Dá-me o livrinho. E ele disse-me: Toma-o, e come-o, e ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel. 10 E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo. 11 E ele disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis.

A voz do céu, que antes proibira estritamente João de escrever as mensagens dos trovões, agora o mandava ir ao anjo glorioso, que estava de pé com um pé sobre o mar e um pé sobre a terra. Dele, ele ia receber o livro aberto. João não estava apenas passivo para ouvir o anjo radiante, mas buscou se aproximar e falar com ele. Isso exigia coragem, força, fé e obediência. O anjo respondeu imediatamente a João e disse: Toma e come o livro.

Às vezes pensamos que, assim que ouvimos algo, percebemos. Mas de Maria é dito como ela aprendeu a mensagem dos pastores e o ditado que lhes tinha sido dito a respeito do nascimento do menino Salvador Cristo: Ela guardava todas estas coisas e as ponderava em seu coração (Lucas 2:19; ver 2:51). Ao ouvir a palavra de Deus deve-se haver um reflexo, uma reflexão, como se estivéssemos a mastigar um pedaço de comida. Não só devemos memorizar e preservar aquilo que ouvimos, mas também rezar, falar com Deus em diálogo. Sempre que possível, os amigos crentes devem ser questionados sobre a sua opinião. Devemos conversar pessoalmente com os conselheiros espirituais, ou ser aconselhados através dos seus escritos.

O anjo avisou João que a mensagem que ele iria engolir seria amarga e causaria amargura ao seu estômago. A mensagem da vitória de Cristo o inspiraria, a princípio, a ser "doce como mel" na boca e no paladar; a longo prazo, porém, causaria dor e piedade, além de levar a uma tristeza contínua. No início, a alegre mensagem da realização do mistério de Deus banhou o patriarca de alegria, deleite e consolação. As dores finais do fim dos tempos, no entanto, causariam muitas lágrimas dele. A sua alegria imediata não lhe seria tirada. No entanto, ela se misturaria com a sincera compaixão pelos irmãos e irmãs perseguidos na fé, e se transformaria em amarga tristeza por causa da crescente massa de pessoas sem Deus, movidas por demônios. O poeta Johann Lindemann tentou superar este conflito em canto quando compôs: Em ti há alegria em meio a todo o sofrimento, ó doce Jesus Cristo! (cancioneiro luterano 288 e 398).

O que pode ser lido no livro do Apocalipse parece para alguns emocionante, horripilante ou mesmo horrível. Os golpes de julgamento revelados, assim como as tentações vindouras, levam o coração intercessor, misericordioso e sacerdotal do crente a suplicar apaixonadamente pela salvação dos perdidos até o último segundo. Nenhum homem que compreende o que lê pode suportar a altura e a profundidade, o peso e a felicidade das revelações, a não ser que o "Espírito de conforto" decida fortalecê-lo, encorajá-lo, motivá-lo, justificá-lo e abençoá-lo.

O patriarca idoso recebeu da voz no céu, assim como do anjo do Senhor, o mandamento para profetizar mais. Isto ele deveria fazer não só por suas igrejas abandonadas e perseguidas na Ásia Menor, mas também em vista do trato do Senhor no fim dos tempos com muitos povos, nações e línguas. João tinha obedecido à voz celestial, que a princípio lhe tinha ordenado que se calasse. Ele era obediente e fiel até ao mais ínfimo pormenor, por isso o Senhor podia confiar-lhe muito (Lucas 16:10; 19:17). A fala e a escrita do profeta não aconteceram de acordo com a sua própria discrição. Ele não seguiu seus próprios impulsos pessoais, mas foi obediente ao chamado divino. Ele havia sido traduzido em uma terrível solidão, a fim de confortar milhões de cristãos ouvintes, para iluminá-los e evitar que se extraviassem.

A voz do céu ordenou expressamente a João que profetizasse sobre muitos reis. Esta instrução tornou evidente que a sétima trombeta não soaria imediatamente após esta visão, e que a dissolução do tempo e do espaço ainda levaria o seu tempo. Muitos reis em Jerusalém e arredores ainda devem aparecer antes que o mal floresça plenamente e seja finalmente erradicado. O reino de Deus, no entanto, marcharia incessantemente para a frente e romperia.

ORAÇÃO: Senhor vivo, o anjo disse a João para comer o belo e doce livro, que se tornou amargo e pesado em seu estômago, de acordo com seu conteúdo. Ajuda-nos, Santo, a ler, guardar e digerir espiritualmente a visão revelada pelo apóstolo para que estejamos preparados para qualquer bem ou mal que nos rodeie.

PERGUNTA:

99. Qual era, muito provavelmente, o livro que o anjo tinha revelado a João?

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